10 Fatos que Precederam a Última Crise Financeira e que Estão se Repetindo Agora
Muito dos padrões que precederam o grande colapso financeiro de 2008 estão se repetindo de novo diante de nossos próprios olhos.
Na verdade, podemos detectar estes 10 padrões chave que estão se repetindo de forma muito parecida:
1 - Estamos vivendo um péssimo começo de ano para o mercado de valores
Durante os três primeiros dias de negociação de 2015, o S & P caiu 2,73%. Houve somente duas vezes na história que foi reduzido em mais de 3% durante os três primeiros dias de negociação de um ano. Estes anos foram 2000 e 2008, e nos dois fomos testemunhas de enormes quedas da bolsa.
2 - Um comportamento muito agitado do mercado financeiro
No geral, os mercados tranquilos e estáveis tendem a subir. Enquanto os mercados se comportam de forma agitada e instável, tendem a cair.
Por exemplo, no gráfico que publicamos a seguir, mostra como o índice Dow Jones Industrial Average se comportou desde o começo de 2006 até o final de 2008. Como se pode ver, o índice Dow estava estava muito tranquilo, já que aumentou durante 2006 e parte de 2007, mas começou a agitar-se violentamente a medida que entrava no ano de 2008...
Por outro lado, é importante que não se deixar enganar se as ações disparam de valor em um determinado dia. Os três dias de maiores ganhos do mercado de valores durante toda a história, aconteceu justamente no meio da crise financeira de 2008. Quando você começar a ver grandes altas e quedas no mercado, estamos diante de um sinal de grandes problemas no futuro imediato. Por essa razão é tão alarmante que os mercados financeiros globais tenham começado a se comportar de forma tão agitada estas última semanas.
3 - Uma queda substancial nos rendimentos dos títulos em 10 anos
Quando os investidores se assustam, tendem a mover o seu dinheiro para investimentos mais seguros. O mesmo ocorreu em 2008 e está acontecendo de novo agora.
De fato, de acordo com a Bloomberg, os rendimentos dos títulos em 10 anos a nível global, tem caído a níveis baixos sem precedentes...
Tomando em conjunto, a média do rendimento dos títulos em 10 anos nos EUA, Japão e Alemanha caíram para menos de 1% pela primeira vez na história, de acordo com Steven Englander, chefe global de estratégia de câmbio do Citigroup do G10.
Esta não é uma boa notícia. Segundo Englander, os tipos baixíssimos, que caem para menos de zero quando se leva em conta a inflação, nos mostram "que os investidores pensam que durante muito tempo, não iremos a parte alguma".
4 - O preço do petróleo entra em colapso
Todos estamos vendo: o preço do petróleo está em colapso em alguns momentos. Por exemplo, o preço do petróleo nos EUA caiu para menos de 48% dólares por barril. Em junho de 2014, estava em torno de 106 dólares.
Como mostra o seguinte gráfico, só houve outro momento na história em que o preço do petróleo diminuiu em mais de 50 dólares em menos de um ano...
A única vez que aconteceu um colapso financeiro dos preços do petróleo desta magnitude, acabamos experimentando a maior crise financeira desde a Grande Depressão. Estamos a ponto de ver como a história se repete?
5 - A diminuição drástica no número de equipes operacionais de perfuração de petróleo e gás
Durante o quarto trimestre de 2014, 93 equipes de perfuração de petróleo e gás estiveram paradas e se está projetando que outras 200 parem suas atividades este trimestre. Isto também é algo que aconteceu durante a crise financeira de 2008 e que continuou até o começo do ano de 2009.
6 - O preço da gasolina experimenta uma grande queda
Muitas pessoas ao redor do mundo estão comemorando que o preço da gasolina caiu acentuadamente nas últimas semanas. Mas também estavam comemorando isto quando ocorreu o colapso financeiro do ano de 2008, quando resultou que não havia nada para comemorar em 2008.
O gráfico sobre o preço da gasolina nos EUA que mostramos a seguir nos mostra que esta tendência não faz jus...
7 - Uma ampla gama de produtos industriais começam a baixar os preços
Quando as matérias primas industriais baixam os preços, isto é sinal de que a atividade econômica está desacelerando. E como em 2008, isto é o que estamos vendo acontecer no cenário mundial neste momento.
A seguir um trecho de um recente artigo da CNBC:
Desde o níquel até o azeite de oliva e desde a madeira compensada até o açúcar, os preços mundiais das matérias primas tem experimentado uma queda constante a medida que a economia mundial perde o impulso.
8 - Queda dos Junk Bonds (títulos que valem tanto quanto lixo)
Como em 2008, estamos sendo testemunhas do início de um colapso dos junk bonds. A dívida do alto rendimento com a indústria de energia está ao ponto de iniciar este processo, mas nas últimas semanas temos visto os investidores se livrando de uma ampla gama de junk bonds.
9 - A inflação mundial se retarda consideravelmente
Quando a atividade econômica se retarda, o mesmo ocorre com a inflação. Isto é algo a que fomos testados em 2008 e também está acontecendo agora. De fato, se espera que a inflação mundial está a ponto de cair a seu nível mais baixo desde a Segunda Guerra Mundial...
Os aumentos nos preços dos bens e serviços das maiores economias do mundo estão diminuindo dramaticamente. Os analistas preveem que a inflação ficará abaixo de 2% em todos os países que formam o grupo do G7, algo que não ocorria desde a Segunda Guerra Mundial.
De fato, o Japão foi o único país do G7 cuja taxa de inflação foi superior a 2% no ano passado. E os economistas acreditam que foi devido ao seu governo ter aumentado o IVA, algo que provocou um impulso artificial dos preços.
10 - Uma crise de confiança dos investidores
Justamente antes da última crise financeira, a confiança que tinham os investidores dos EUA de que os Estados Unidos seria capaz de evitar um colapso da bolsa nos próximos seis meses começou a diminuir de maneira significativa.
E, adivinhem? Isso é algo que está acontecendo de novo...
A confiança dos investidores de que os EUA evitará uma quebra do mercado nos próximos seis meses se reduziu drasticamente desde a primavera passada
A Escola de Administração de Yale publicou um Índice de Confiança mensal. O índice mostra a proporção de investidores que acreditam que se evitará um colapso da bolsa nos próximos meses.
Yale señala que “la confianza ante un crash bursátil alcanzó su mínimo histórico, tanto para los inversores individuales como institucionales, a principios del año 2009, pocos meses después de la crisis de Lehman Brothers, lo que era reflejo de la agitación en los mercados de crédito y de los fuertes temores de depresión generados por ese evento y estaba relacionada con los bajos valores bursátiles en aquellos momentos”
Yale, diz que "a confiança diante de um crash do mercado de ações alcançou o mínimo histórico, tanto para os investidores como para as instituições no começo de 2009, poucos meses após a crise de Lehman Brithers, o que era reflexo da agitação dos mercados de crédito e dos fortes temores de depressão gerados por esse evento e estava relacionado com os baixos valores mobiliários naquela época".
Embora seja possível prever com exatidão como irá evoluir a economia no futuro, o certo é que estamos diante dos sinais e indícios nada positivos...
Fonte:http://www.anovaordemmundial.com/
Postado por
Alisson L